Poderia um dia estar fora do tempo? Faz algum sentido essa afirmação? A princípio, provavelmente nos vem à mente o famoso 29 de fevereiro, que só existe a cada 4 anos. Nesses anos, chamados bissextos, os anos têm 366 dias. De certa forma, esse dia parece estar fora do tempo e quem teve a infelicidade de nascer neste dia, só consegue comemorar o aniversário no dia de nascimento a cada 4 anos.
Mas há mais uma particularidade sobre o nossa maneira de contar o tempo e ela tem a ver com os maias, os misteriosos e místicos maias. Eles construíram uma enorme civilização na era pré-colombiana, na região da América Central, entre o ano 1000 a.C. até seu ápice durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.). Ou seja, os maias tiveram quase dois milênios de existência. Muitos de seus ensinamentos resistem até hoje, e o calendário maia é um dos mais famosos, completos e também complexos já feitos. Esse calendário já gerou muita polêmica, especialmente pela precisão de eventos e por terminar em 2012, o que alimentou diversas teorias sobre o fim do mundo. Graças a Deus, ainda estamos aqui e não foi neste fatídico ano que o mundo acabou.
“A cultura milenar dos Maias preservada, ainda nos dias de hoje nos proporcionam beleza sem comparação de plena sabedoria ancestral, sua serpente projetada nas pedras corretamente projetada no equinócio nos reflete a uma das maravilhas da terra”
Cassia Guimarães
Mas o que os maias têm a dizer sobre 25 de julho? Muito. Segundo essa cultura, 25 de julho era um dia muito importante, provavelmente o mais relevante do calendário.
O conceito de tempo “Maia”
O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia e por algumas comunidades modernas dos planaltos da Guatemala.
A cultura maia tinha um sistema no qual os eventos podiam ser registrados de forma linear, com respeito a noção de linearidade do tempo, mas não só isso. A lógica por eles criada poderia ser utilizada para delinear qualquer extensão de tempo desejado, simplesmente aumentando o número de marcadores de maior ordem usados. A maioria das inscrições maias de longa contagem limitavam-se em registrar os primeiros 5 coeficientes neste sistema, o que entendemos como uma contagem b’ak’tun. Para termos uma ideia, 20 b’ak’tuns são equivalentes a cerca de 7.885 anos solares, uma noção de tempo bem alargada. Porém, existem inscrições que apontavam para sequências ainda maiores, mostrando que a cultura maia compreendia muito bem a tríade passado, presente e futuro, sendo capazes de projetar acontecimentos em futuros muito distantes de sua realidade.
“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente”
Albert Einstein
É importante também dizer que a visão de mundo maia expressa através do calendário era cíclica, ou seja, tudo que acontecia voltaria a se repetir. Essa visão era influenciada pela repetição dos ciclos naturais, de fenômenos astronômicos observáveis e a concepção de morte e renascimento muito presentes nas tradições mitológicas. Era, portanto, uma visão cíclica de tempo e muitos rituais estavam ligados à conclusão e recorrência dos diversos ciclos.
Durante a sua permanência no planeta Terra, os maias nos ensinaram os segredos do tempo galáctico, cientes dos ciclos lineares limitadores a que todos nós, seres humanos, estamos submetidos, revelando a multidimensionalidade do tempo. E essa multidimensionalidade constituía uma dinâmica que permita uma conexão com esse “tempo cósmico”.
O Dia Fora do Tempo
Considerando que a contagem maia de 13 Luas de 28 dias, temos como resultado um Anel Solar de 364 dias, e o Dia Fora do Tempo age como um fator adicional de ascensão na contagem. Caindo sempre em 25 de julho do calendário gregoriano, o Dia Fora do Tempo é para o calendário de 13 Luas como um “equivalente” ao nosso ano novo.
O Dia Fora do Tempo está, como seu próprio nome diz, fora do tempo. Ele não está dentro de uma semana de 7 dias e nem dentro de uma Lua de 28 dias. Na verdade, ele está entre um ano e outro: após o 28º dia da 13ª Lua do ano atual e antes do 1º dia da 1ª Lua do ano seguinte, ali localizamos o dia que está fora do tempo, o 25 de julho.
E porque essa data é tão importante?
Essa é uma data muito especial, onde celebra-se, para começar, o processo evolutivo da humanidade. É considerado um momento de grande intensidade energética, no qual os Seres de Luz trabalham para nos alinhar com a harmonia do Universo
Assim como nos é de costume fazer em 31 de dezembro, o 25 de julho é carregado de energia espiritual e com uma atípica abertura de portais estelares, que permitem uma conexão com o mundo espiritual muito mais intensa. É um momento de mudança, reciclagem, projeção e avaliação, perfeito para deixar ir embora o que não nos serve mais, aquilo que é denso e que não deve fazer parte do novo ciclo que se inicia. A gratidão também é um dos melhores exercícios que podemos fazer nessa data, demonstrando alegria especialmente por aquilo que nos incomodou e que talvez não tenha saído de acordo com as nossas expectativas, mas que nos fez avançar, progredir e aprender. Talvez seja pelas dificuldades que mais tenhamos a agradecer, recebendo com igual alegria os frutos que elas deixaram.
Junto com a gratidão não podemos deixar de mencionar o perdão. Seja direcionado a nós mesmos ou àqueles que nos fizeram mal, perdoar é um dos caminhos mais céleres para o crescimento e expansão da consciência.
“Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”
Carlos Drummond de Andrade
No dia 26 de julho recomeça um novo ciclo, trazendo uma energia de renovação e purificação interior, com grande impacto em nossos corpos espirituais especialmente o emocional. A força dessa energia pode ser sentida por todos, especialmente pelas pessoas que possuem uma sensibilidade mais aflorada, trazendo para elas oscilações emocionais que nem sempre são compreendidas por quem não tem um pouco de conhecimento do mundo espiritual. Por isso, repare como está se sentindo neste 25 de julho e aproveite o momento para ter bons pensamentos.
Como aproveitar O Dia Fora do Tempo
O Dia Fora do Tempo é como um salto quântico para nós e para o planeta, então, essa abertura energética deve ser aproveitada. Mesmo sendo um conceito maia que parece distante da modernidade e das práticas ocidentais, a energia que circula nesse dia é muito forte. Os maias eram sábios e há muitas evidências que demonstram os poderes místicos dessa cultura. Além de manter os pensamentos em sintonia mais elevada, neste 25 de julho você pode aproveitar a abertura energética para realizar rituais simpatias, mantras, orações. Qualquer ação que esteja direcionada à espiritualidade será bem recebida pelo Universo! Meditações também é uma poderosa ferramenta de conexão não só espiritual, como também com as dimensões mais profundas da nossa individualidade.
Não deixe de realizar essas práticas nessa data e você vai se surpreender com os resultados! Feliz 25 de julho!
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